sexta-feira, abril 20, 2007

Sobre a difícil fase de exposição do ser...

Tenho considerado idênticas três formas de pensamento: a primeira diz respeito à conversação particular (mútua entre duas pessoas, ou mais), a segunda é concernente ao escrever algum texto (opúsculo que seja) e a terceira é a eloqüência da exposição (algo parecido com a exposição do seu conhecimento de forma lógica e sensata). Enfim, por mais que pareça alguma crise hermenêutica validada por exposição idiossincrática, tenho considerado estes segmentos particularmente os mesmos, o que tem me atrapalhado bastante, diga-se de passagem. O fato é simples: uma exposição corriqueira demanda muito menos raciocínio que uma palestra exibida pra uma multidão; pois é; mas tenho, freqüentemente, exposto minha facúndia de forma textual e formal, não abrindo mão de construções frasais hiperbatadas, metafóricas (como se vivesse na tentativa de escrever um tomo filosófico sobre o entedimento humano)...logicamente uma forma fátua de exibição pessoal. À parte o egocentrismo que me toca, há pouca verdade nisso tudo, dado que a cada minuto, minha tentativa é construir melhor o que falo e não falar melhor o que construo. Por exemplo, neste momento, em que estou cá, produzindo este texto: é como se eu estivesse redigindo uma tese de mestrado, ou monografia que procurasse o tempo inteiro um embasamento racional, uma estrutura perfeita que não tivesse furos, frinchas...isso vem abalando minha concepção inicialmente artística de expor o sentimento (meu principal propósito, diga-se por falar). Leio novamente: cabo a rabo! Este texto não está nem um pouco bonito. Está lógico...angustiado? Queria escrever algo bonito, sem sentido racional, mas com sentido espiritual, que tocasse o ser desde o começo...não sei dizer...acho que estou precisando amar...